“E ele endireitará as tuas veredas”!

Depois de tecermos uma boa reflexão cristã sobre os 3 requisitos para sermos guiados por Deus, que pode ser lido <neste link>, trabalhamos hoje a revelação e entendimento sobre a última frase da mesma perícope de Provérbios capítulo 3 versículo 5 e 6.

Cumpridas as três condições mencionadas no artigo anterior, aqui está a consequência certa.

A necessidade de ser dirigido por Deus é real e urgente. Sendo conduzidos por nós mesmos, não estaremos em melhor situação do que um navio sem leme ou um automóvel sem volante. Não é sem razão que o povo do Senhor é muitas vezes chamado de “ovelhas”, pois nenhuma outra criatura é tão apta a extraviar-se ou tem essa propensão a desgarrar-se. A palavra hebraica para “endireitar” significa “fazer uma linha reta”.

Estamos vivendo em um mundo onde tudo é torto: o pecado tem jogado tudo para fora do lugar e, em consequência, confusão, males e maldições, abundam em torno de nós. Um coração enganoso, um mundo perverso e um Diabo ardiloso estão sempre procurando nos desviar do caminho e de nossa bússola com o intuito de nos destruir. Quão necessário é, então, que Deus “endireite as nossas veredas”.

O que se entende por: “Ele endireitará as tuas veredas”? Isto significa que, Ele vai deixar claro para mim o curso do dever. Que isto seja firmemente assegurado: A “vontade” de Deus estará sempre no caminho do dever, e nunca vai contra ele. Seríamos poupados de  desnecessária incerteza e perplexidade se apenas este princípio fosse progressivamente reconhecido.

Quando você sente um forte desejo ou “tentação” para fugir de um dever co- mum, você pode ter certeza que é uma tentação de Satanás, e não a “liderança” do Espírito Santo. Por exemplo, é contrário à vontade revelada de Deus uma mulher estar constante- mente participando de reuniões enquanto negligencia seus filhos e sua casa. É fugir de sua responsabilidade o marido que sai sozinho à noite, mesmo em exibição religiosa, e deixa sua esposa cansada em casa para lavar os pratos e colocar as crianças na cama. É um pecado para um funcionário Cristão ler a Escritura ou “falar com as pessoas sobre suas almas” em seu escritório ou no horário comercial.

A dificuldade surge quando parece que temos de escolher entre duas ou mais funções, ou quando alguma mudança importante tem que ser feita em nosso cotidiano.

Há muitas pessoas que pensam querer ser guiadas por Deus quando alguma crise chega ou alguma decisão importante tem que ser feita; mas poucas delas estão preparados para atender às exigências como intimamos em nossos parágrafos iniciais. O fato é que Deus estava raramente em seus pensamentos antes da emergência surgir, agradá-lO não era exercido por eles enquanto as coisas estavam indo bem. Mas quando a dificuldade e os problemas lhes acometeram, quando esgotaram as possibilidades de agirem em seu próprio juízo, de repente, eles se tornam muito piedosos, voltam-se para o Senhor, pedindo seriamente a Ele para dirigi-los, e clarear o caminho diante de seus rostos.

Mas Deus não pode ser tratado desta forma.

Normalmente essas pessoas fazem uma decisão precipitada e colocam-se em dificuldades ainda maiores, e então eles tentam se consolar com: “Bem, eu busquei a orientação de Deus”. Ah, meu leitor, Deus não se deixa escarnecer assim, se ignorarmos Suas reivindicações sobre nós quando o vento é agradável, não podemos contar com Ele nos livrando quando a tempestade vier.

O que temos que ver é que Ele é santo e não vai premiar o ateísmo (chamado por muitos: “displicência”), mesmo que uivem como animais em sua angústia (Oséias 7:14). Por outro lado, se diligentemente buscamos a graça de caminhar com Deus no dia a dia, para que regulamentemos os nossos caminhos por Seus mandamentos, então podemos legitimamente contar com Sua ajuda em qualquer emergência que surja.

Mas como é que um Cristão consciente age quando alguma emergência o confronta? Suponha que ele fica na encruzilhada dos caminhos: dois caminhos, duas alternativas estão diante dele, e ele não sabe o que escolher. O que ele deve fazer? Em primeiro lugar, deixe- o escutar a Palavra mais necessária, que, em regra de aplicação geral, é sempre obrigatória para nós: “aquele que crer não deve se apressar” (Isaías 28:16). Agir a partir de um impulso repentino nunca nos tornará um filho de Deus, e correr na frente do Senhor é a certeza de envolver-nos em consequências dolorosas. “O Senhor é bom para os que esperam por Ele, para a alma que busca a Ele. É bom que um homem tenha esperança, e aguarde em silên- cio a salvação (libertação) do Senhor (Lamentações 3:25-26). Agir com pressa geralmente significa que depois vamos nos arrepender. Oh quanto cada um de nós precisa implorar ao Senhor que diariamente coloque sua mão de refrigério e quietude sobre a nossa carne febril!

Se você perceber que à medida que você continua esperando em Deus, a luta interior entre a “carne” e o “Espírito” continua, e você não tem alcançado o ponto em que você pode dizer honestamente: “Faz da Tua própria maneira, Senhor”, então um tempo de jejum é orde- nado. Em Esdras 8:21, lemos: “Então proclamei um jejum ali junto ao rio Ava, para nos humilharmos diante do nosso Deus, a fim de lhe pedirmos caminho seguro para nós e para nossos filhos”. Isto está escrito para nossa instrução, e até mesmo um olhar superficial é suficiente para mostrar o quanto é pertinente para nossa investigação presente. O jejum não é um exercício religioso peculiar aos tempos do Antigo Testamento somente, pois em Atos 13:3 lemos que antes de Barnabé e Saulo serem enviados para sua viagem missio- nária pela igreja em Antioquia, “jejuando e orando, e impondo as mãos sobre eles, os despediram”. Não há nada de meritório no jejum, mas ele expressa a humildade de alma e o fervor do coração.

A próxima coisa a fazer é reconhecer humilde e sinceramente, diante de Deus, a nossa ignorância, pedindo-Lhe para não nos entregar a nós mesmos. Diga a Ele que você está francamente perplexo e não sabe o que fazer, e que você merece ser deixado nesta situação lamentável. Mas pleiteie diante dEle com base em Suas próprias promessas, e peça-Lhe por amor a Cristo para que Ele seja propício a você neste momento: “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e não o lança em rosto, e lhe será concedido. Peça, porém, com fé, em nada duvidando” (Tiago 1:5-6). Peça a Ele para conceder a sabedoria tão necessária para que você possa julgar correta- mente, para que possa discernir claramente o que irá promover o seu bem-estar espiritual e, portanto, glorificá-lO mais.

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e o mais Ele fará” (Salmos 37:5). “No inter- valo de espera, não consultei carne e sangue”, se você busca companheiros Cristãos por conselho, provavelmente haverá discordância entre dois deles, e seu conselho discordante só vai confundi-lo. Em vez de olhar para a ajuda do homem “Persevere na oração, e na mesma com ações de graças” (Colossenses 4:2).

Como regra geral, é melhor para nós pouco afligirmos nossas mentes acerca de “orienta- ção” — isto é obra de Deus! O nosso negócio é andar em obediência a Ele a cada dia. Ao fazê-lo, é forjada dentro de nós uma prudência que nos preserva de todos os erros graves.

“Eu entendo mais do que os velhos, porque tenho guardado os teus preceitos” (Salmos 119:100). O homem que mantém os preceitos de Deus torna-se dotado de uma sabedoria que ultrapassa de longe aquela possuída pelos sábios da antiguidade ou os ensinamentos dos filósofos. “Aos justos nasce luz nas trevas” (Salmos 112:4).

O justo pode experimentar os seus dias de escuridão, mas quando a hora da emergência chega a luz deve ser dada a ele por Deus. Sirva a Deus hoje com todo seu ser, e calmamente e com segurança deixe o futuro com Ele. A firme conformidade para com o que é correto deve ser seguida por um claro discernimento daquilo que é errado.

“O Senhor endireitará as tuas veredas”. Em primeiro lugar, pela Sua Palavra: não, de alguma forma mágica, de modo a incentivar a preguiça, nem da forma como se consulta um livro de culinária cheio de receitas para todas as ocasiões, mas ao nos alertar dos caminhos do pecado e da loucura e por dar a conhecer os caminhos da justiça e da bênção. Em segundo lugar, pelo seu Espírito: dando-nos força para obedecer aos preceitos de Deus, levando-nos a esperar com paciência no Senhor por Sua direção em tudo, o que nos permite aplicar as regras das Escrituras Sagradas aos deveres variados de nossas vidas, trazendo-nos à lembrança uma palavra no momento oportuno. Em terceiro lugar, por Suas providências: fazendo amigos falharem conosco de forma que nós somos livrados de nos inclinarmos sobre o braço de carne, frustrando nossos planos carnais de forma que sejamos preservados de naufragar, fechando portas que não seriam boas para nós entrarmos nelas, e abrindo as portas diante de nós as quais ninguém pode fechar!

teologando

Equipe de redação do blog @VidadeTeologo, colaborações e notícias por agências parceiras.

11 opiniões sobre ““E ele endireitará as tuas veredas”!

  • 27 de maio de 2020 em 02:07
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    Adorei estud o e palavra muito edificante
    Wd.leme@bol..com.br

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  • 16 de junho de 2020 em 11:02
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    Estudo fundamentado na Palavra do Senhor, o que o torna edificante e muito oportuno em qualquer fase da vida de quem deseja verdadeiramente ser guiado por Ele.
    Deus o abencoe e guarde o autor.

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  • 14 de setembro de 2020 em 12:12
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    É tudo muito incrível do qual relataram
    Da forma que expressaram da possibilidade de ser transformado pela manifedtação divina em depender obedecer e confiar é interamente possível para o Pai celestial, Deus, mas por nós mesmos é estremamente impossível pela nossa limitação e incapacidade e infidelidade de corresponder, precisamos ser completamente, interamente conduzidos, guiados, direcionados por Ele.

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  • 25 de fevereiro de 2021 em 22:19
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    Muito obrigada por compartilhar essa palavra! Amém Deus abençoe grandemente e continue! 🌟

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    • 13 de novembro de 2021 em 14:39
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      Gostei muito da forma como trouxe a explicação, relacionando com exemplos tão comuns na nossa vida. Isto ajudou a clarear o entendimento.
      Obrigada e desejo que muitas bênçãos de Deus sejam derramadas sobre a vida dos escritores.

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  • 28 de dezembro de 2021 em 08:31
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    Muito obrigada pela dedicação ao Senhor e por transcrever o que aprendeu dEle com excelência, estava meditando no versículo de salmos 40:16 que me levou a orar e pedir ao Senhor pra endireitar minhas veredas, percebi que não tinha total compreensão da palavra e ao buscar o significado encontrei esta explicação… foi de muito auxílio e estou imensamente grata pelo texto! Que o Senhor continue abençoando e instruindo o autor

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    • 4 de janeiro de 2022 em 10:42
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      Que Jesus resplandeça sobre tua face, te guie e te conduza a busca pela santificação, através de uma vida saudável e um relacionamento sincero e quebrantado com Ele. Lucelia, Deus te ama e eu também. Obrigado por compartilhar conosco seus sentimentos, tenho a plena certeza que Deus começou uma grande obra em sua vida e este ano será um ano vitorioso.

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  • 16 de março de 2024 em 18:27
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    • 12 de abril de 2024 em 11:28
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      tradução
      “não que ele tenha nascido diferente de todos os problemas, algo dos corruptos, ninguém incomoda o exercício em si. com como nasceu e nada ou razão com. Não há prazer que, por assim dizer, resulte em dores fáceis, e ainda assim a distinção entre eles e seu trabalho é que acusamos esses prazeres de direito ou como tais. Por alguma razão, a fuga da mente pode entrar e sair da fuga.”

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  • 28 de março de 2024 em 19:40
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    • 12 de abril de 2024 em 11:27
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      tradução
      “que seu erro deveria ser aceito. resulta em prazer para qualquer pessoa. pois os tempos e as vontades serão mais severos e dignos de dor. Na verdade, ele culpa os deveres de recusar ser cegado pelo trabalho daqueles que são abençoados pelas coisas e pelas coisas, ou se não são ninguém porque o prazer muitas vezes depende de quem e onde. O escolhido, salvo por direito, o erro dos tempos é o que todos querem, mas isso é culpa do sábio.”

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